Um dia destes cruzei-me no trabalho com uma jovem (da RDJ), a qual me entregou este poema:
Não sei quem sou!
Hoje não estou com muita imaginação, mas vou escrever o que estou a sentir.
Cá vai...
Estou perdida, confusa, já não me conheço, não sei o que quero e o que desejo.
Os meus sonhos fugiram...
A minha vontade, o meu querer, desapareceram!
Estou sem forças!
Distante de tudo aquilo que fui um dia...já não sei quem sou!
Nem me lembro do que era, perdi, perdi tudo e não sei como recuperar.
As lágrimas molham o meu rosto, os espinhos ferem o meu coração. Sufocam-me.
Quero gritar, libertar-me desta opressão.
Encontrar-me, outra vez!
Não sei muito bem, mas quero libertar-me!
Vou abrir as asas e sonhar, vou voar...
Alcançar as barreiras do limite, ir para além, além daquilo em que acredito, pintar o céu e o mar das cores da minha alma.
Desenhar os sorrisos e os gestos mais profundos, gostava de ser o artista!
Poder mudar o mundo!
Trocar-lhe o final feliz por um real.
Não era tão perfeito!
Mas existente...
É assim que eu me sinto!
Depois de o ler, reflecti, olhei para ela e disse: - Deixa-me ficar com ele.
No fundo, acredito que todos nós um dia ou mais dias nos sentimos assim, sentimo-nos como se nada fizesse sentido, como se já não nos conhecessemos.
Por respeito à autora não revelarei o seu nome até que ela me autorize.
Já agora ela teve um Bom e recebeu um elogio da professora...
Temos artista!